Inacabada e abandonada há anos, a obra de Oscar Niemeyer “Feira de Trípoli”, localizada na cidade libanesa, pode se tornar Patrimônio Mundial da Humanidade da Unesco. Projetada no início dos anos 1960, a construção foi um pedido do então presidente libanês Fouad Chéhab que queria passar uma imagem de modernidade e progresso ao país. A inauguração estava prevista para 1966 ou 1967, mas o projeto nunca foi finalizado. Atrasos na obra, estouro de orçamento, conflitos políticos, corrupção e problemas técnicos foram alguns dos motivos que se somaram à guerra do Líbano, iniciada em 1975, e impediram que o projeto fosse adiante, apesar de haver muitas partes quase prontas.

As formas curvas, características no estilo do arquiteto brasileiro, são facilmente reconhecidas no complexo de construções que inclui a feira em si, um teatro ao ar livre, uma sala de shows, um heliporto e alojamentos. O espaço ainda ganharia paisagismo assinado por Burle Marx.

Escrito por Tamyr Mota