Ao pesquisar os principais pontos turísticos de Belo Horizonte, é certo que a Igreja de São Francisco de Assis, mais conhecida como Igrejinha da Pampulha, vai aparecer no topo da lista de lugares para visitar na capital mineira. Com projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer, paisagismo por Burle Marx e painéis do pintor Cândido Portinari, a obra foi finalizada em 1943* e estava fechada desde junho do ano passado para reforma. Após um minucioso trabalho de restauro com investimentos de R$ 1,07 milhão, neste dia 4 de outubro, data em que é comemorado o Dia de São Francisco de Assis (padroeiro dos animais e da natureza e patrono do templo), a igreja será reinaugurada. A obra foi gestada e fiscalizada pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e pelo Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais da Universidade Federal de Minas Gerais, e executada pela Construtora Tecnibras. O trabalho de reparo incluiu intervenção nas infiltrações do edifício, um complexo trabalho de substituição do forro de madeira da nave central, além de manutenções gerais, como a limpeza e recuperação do revestimento externo das pastilhas cerâmicas, repintura da capela, recuperação dos passeios da calçada portuguesa, revisão da instalação elétrica e reforma dos sanitários.

A Igrejinha da Pampulha é um importante marco da arquitetura moderna, edifício tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e parte do Conjunto Moderno da Pampulha, classificado como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO desde 2016. Essas obras de recuperação do prédio fazem parte de compromissos assinados com a UNESCO para modificações nos projetos do conjunto após tal nomeação. No projeto de restauro, a Tecnibras realizou uma intervenção atenta aos detalhes construtivos, para que não houvesse descaracterização do prédio e para que fossem mantidas as condições de autenticidade e utilização. Após a reinauguração, a igreja voltará a receber batizados, casamentos e missas.

Escrito por Tamyr Mota