Com a ideia de resgatar obras de um artista não muito lembrado pela história da arte brasileira, o MASP inaugura a mostra “Pedro Correia de Araújo: erótica”, com curadoria de Fernando Oliva. O subsolo será recheado por 66 criações da autoria de Pedro Correia de Araújo, parte de Histórias da Sexualidade, que permeia a programação do ano todo do museu paulista.
A exposição está dividida em quatro núcleos: nus, danças, retratos e a série Erótica. “O erotismo de Pedro Correia de Araújo é racional, ‘matemático’, ou seja, não se resume a uma mera tentativa de expressão pessoal”, comenta Fernando Oliva. “Ele integra um plano consciente das leis da geometria, mas sem se submeter totalmente a elas – talvez o motivo para que não fosse aceito pelos acadêmicos mais ortodoxos no Brasil”, complementa.
Diferente do que se pode imaginar de uma mostra erótica, com cenas explícitas e a banalização do nu, “Pedro Correia de Araújo: erótica” traz a representação como ponto alto de suas criações. A forma e a analogia de situações, como a dança, por exemplo, tiram a superficialidade de um termo, aprofundando para inúmeras analogias. O uso da matemática como suporte geram corpos geométricos, com volumes que variam das circulares aos hexagonais. Em cartaz até de 25 de agosto até 18 de novembro.
Comentários