Não deixa de ser um privilégio integrar a linha de frente de um escritório de arquitetura que reúne gerações distintas de profissionais. É exatamente isso que ocorre no Pinheiro Martinez Arquitetura, que foi fundado por Sergio Pinheiro, há mais de 30 anos, e que com Adamo Pinheiro e Patrícia Martinez, possui a jovialidade e o frescor das novas tendências e tecnologias. Na nossa capa e recheio desta edição, vamos apresentar o trabalho, o estilo, o lifestyle  e a história, claro, de Patrícia, peça já fundamental no sucesso e na trajetória do Pinheiro Martinez Arquitetura.

Leve e comunicativa, Patrícia tem uma agenda atribulada. O escritório no qual se debruça todos os dias para planejar e executar projetos, realiza arquitetura residencial, comercial e de interiores. Entre várias ligações, no meio de uma semana que antecedia o carnaval – se muita gente estava em clima de folia, ela estava ligada na tomada do trabalho – conseguimos bater um papo e captar todos os seus sentimentos sobre a profissão que elegeu seguir desde quando tinha 13 anos de idade.

“Desde pequena sempre gostei de desenhar e, andava pelas casas de meus avós com um caderninho de desenho para cima e para baixo. Depois disso, ela seguiu o caminho pensado e sonhado. Se formou pela Universidade Federal da Bahia em 2009, fez parte do curso na Espanha, na Universidad Politecnica de Valencia e se pós graduou em Gestão de Projetos pela Unifacs (Laureate International Universities). Pronto. Com todo esse embasamento ela se sentiu segura para em 2012 formar com Adamo Pinheiro e Sergio Pinheiro, a Pinheiro Martinez Arquitetura.  Hoje conseguimos oferecer ao cliente um serviço completo, desde o projeto de arquitetura e de interiores até a realização de sua obra” conta.

Patrícia e os sócios Adamo Pinheiro e Sergio Pinheiro

“Todo projeto é um grande quebra-cabeça. Temos que lidar com variáveis como os interesses e anseios do cliente, as características do imóvel ou do terreno existente, a legislação e o valor disponível para investimento. Conciliar todos esses aspectos de forma harmoniosa, fazendo o cliente se identificar com a proposta” diz a profissional quando perguntamos sobre qual a parte mais desafiadora e divertida de projetar.

Realizador de sonhos! É isso que todo arquiteto é. E Patrícia não pensa diferente e nem foge à regra na hora da criação. “Por sermos um escritório diverso, com cada um dos sócios voltados para um segmento, conseguimos abranger várias linhas de clientes, mas o setor residencial unifamiliar é o nosso segmento mais forte de atuação, seja para casas de moradia ou de veraneio. Como responsável pelos projetos de interiores do escritório, amo trabalhar as diferentes possibilidades de cada projeto e é justamente a possibilidade de realizar algo diferente em cada um deles que me dá mais prazer. O gostoso de projetar, seja na arquitetura ou na arquitetura de interiores, é poder criar algo novo, único, específico para o cliente, explorando ao máximo nossa criatividade”, conta.

Sobre quanto do seu gosto costuma aparecer no projeto, ela diz achar de fundamental importância que o cliente se enxergue no projeto, que se identifique com ele. “Costumo dizer que o projeto terá a cara dele, mas com nossos traços e nosso know-how. Não impomos um estilo, mas sim o apreço pela funcionalidade, conforto e estética, tudo em harmonia com os anseios do cliente”, afirma. E continua: “É com o habitar das pessoas que os ambientes são verdadeiramente construídos. Por isso, é importantíssimo que o arquiteto tenha em mente não apenas o estágio da construção do imóvel, mas também entenda e vislumbre as possibilidades de uso dele ainda durante a sua concepção”.

Por fim, quisemos saber sobre as peculiaridades do cliente soteropolitano. Depois de alguns segundos e reflexão, ela bate o martelo e define, “É muito criativo, mas também muito conservador. Além disso, a arquitetura ainda é vista por grande parte da população como artigo de luxo. É preciso melhorar a comunicação e procurar envolver a população para que ela entenda a importância da arquitetura na qualidade de vida das pessoas. Mas de forma geral, acho os soteropolitanos leves e cheios de vida e isso se reflete na arquitetura baiana”, disse Patrícia.

 

 

 

Escrito por Tamyr Mota