Projetado pelo cenógrafo e artista Pascal Leboucq com o estúdio Krown, o espaço é feito inteiramente de materiais de origem biológica. Os moldes dos painéis externos receberam um substrato de resíduos de cânhamo no qual o micélio, corpo vegetativo das espécies de fungos, cresceu. Ao longo de uma semana, os painéis foram preenchidos com o micélio e cozidos para matar e curar o fungo, fortalecendo as estruturas e garantindo que não cresçam demais. Por fim, um revestimento biológico à prova d’água importado do México cobriu os cogumelos com uma camada protetora.
Os cogumelos que crescem nas molduras dos painéis são colhidos diariamente às 15h em frente à plateia e depois de cozidos são disponibilizados para compra. No espaço, ainda são exibidos uma coleção de móveis oriunda de esterco de cavalo e roupas formadas por materiais como micélio, kombucha e algas. As estruturas de micélio são muito leves e apresentam algumas propriedades isolantes de temperatura e som. O modelo ainda está em fase experimental, mas os designers estão trabalhando para criar painéis de fungos resistentes, que conseguirão sobreviver em uma construção ao ar livre por alguns anos.
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