Depois de quase uma década, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) retoma a construção da segunda sede da instituição, que será erguida no prédio vizinho ao de Lina Bo Bardi (1914-1992), na Avenida Paulista. A expansão ocorrerá com a ocupação do Dumont-Adams, antigo edifício residencial que hoje está em carcaças.
O projeto aumentará a área do museu em 6.945 m² com 14 novos andares de galerias, salas de aula, reserva técnica, laboratório de restauro, restaurante, loja e áreas de evento, ampliando as possibilidades de atividades realizadas e aumentando a capacidade de visitantes. As obras serão iniciadas já no próximo mês, ao custo de R$ 180 milhões, com entrega prevista para 2024.
Trata-se do feito mais significativo na história do museu, após a sua transferência da rua 7 de Abril, na sede dos Diários Associados, para a Avenida Paulista, em 1968. Naquela época, a mudança ocorreu para que o museu tivesse uma sede à altura de sua coleção. O prédio projetado por Lina Bo Bardi, reconhecida pelo conjunto de sua obra com o Leão de Ouro Especial na Bienal de Veneza de 2021, transformou-se em cartão-postal da cidade e em símbolo da arquitetura moderna mundial do século 20.
Como forma de preservar e valorizar a história da instituição com o reconhecimento de seus fundadores, o prédio original receberá o nome de sua arquiteta, Lina Bo Bardi, e o novo edifício carregará o nome do primeiro diretor artístico do museu, Pietro Maria Bardi (1900-1999). Estes nomes, combinados com o da própria instituição, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, que faz referência ao seu fundador, irão completar a homenagem ao trio fundador do MASP.
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