A maior exposição imersiva em torno da vida da artista mexicana Frida Kahlo abre as portas para o público nesta sexta-feira (30)na cidade do Rio de Janeiro. A exposição, criada na Espanha, já passou por Salvador e por São Paulo, somando mais de 250 mil visitas no Brasil. Agora, Frida Kahlo – Uma Biografia Imersiva chega ao Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana, cartão-postal da cidade, localizado na praia de Copacabana.
A experiência imersiva conta com 13 ambientes com filmes, obras digitais e instalações artísticas que retratam os momentos mais relevantes da vida da artista. Os visitantes poderão conferir também fotografias históricas de Frida, réplicas das roupas que ela usava e que a alçaram como ícone da moda, além de colorir desenhos de Frida e projetá-los em um painel digital. “As exposições imersivas são acessíveis a diferentes idades, a diferentes compreensões e níveis culturais. Uma criança e sua avó podem ter a mesma experiência, é muito mais sensorial, mais emocional”, diz Horário Brandão, relações públicas da mostra.
Frida viveu apenas 47 anos e teve uma história marcante. “Não tem como errar, vemos a silhueta daquelas sobrancelhas emolduradas por um coque decorado com flores e sabemos se tratar dela. A superfície (camisetas, bolsas, todos os tipos de acessórios, pôsteres, ímãs de geladeira e até a pele) não importa nem o lugar do mundo: Frida Kahlo é hoje um ícone em todos os cantos do planeta”, resume um dos painéis da exposição.
Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón nasceu em 6 de julho de 1907, em Coyoacán, no México e é considerada um ícone feminino das artes. Pintou retratos, autorretratos, e obras inspiradas na natureza e artefatos do México. Muito do que viveu, Frida colocou nas obras. A história da artista é atravessada por uma poliomielite ainda na infância, que atrofiou os músculos da perna direita e por um acidente de ônibus, aos 18 anos, que provocou múltiplas fraturas e a deixou em uma cama por um longo período. Ela, então, começou a pintar, usando um cavalete adaptado à cama. A vida de Frida passa também por luta política, amores e paixões, pelo casamento com o artista mexicano Diego Rivera e por viagens ao exterior.
O objetivo da mostra é que os visitantes percorram os principais momentos dessa trajetória e também tenham experiências lúdicas. Segundo Brandão, exposições imersivas, mesmo não mostrando fisicamente as obras originais dos artistas, podem ser uma porta de entrada para o mundo das artes. “É uma porta de entrada para muita gente no universo das artes, que, para a maioria das pessoas, é algo de elite. Então, tem-se uma forma de chegar para todo mundo e fazer com que mais pessoas sejam treinadas no seu olhar, no seu gosto. para que desenvolvam essa cultura artística.”
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