Waldick Jatobá, Diretor Executivo do Instituto Bardi, acredita que o reconhecimento irá fortalecer o trabalho que vem sendo feito desde 1990, principalmente por ser a primeira mulher brasileira, a primeira no mundo com obra construída, e também a terceira brasileira a conquistar um Leão de Ouro – Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha receberam as indicações em 1996 e 2016, respectivamente. “A nomeação será um divisor de águas não somente para a difusão nacional e internacional de todo um trabalho de vida, mas como também para a arquitetura brasileira em geral”, defende Jatobá, reforçando a tese de Sarkis de que o Leão de Ouro especial pelo conjunto de obra e trajetória de Lina é um reconhecimento há muito tempo postergado por uma carreira ilustre.
A arquiteta italiana naturalizada brasileira, Lina Bo Bardi, recebeu – in memoriam – o Leão de Ouro Especial pela trajetória e conjunto de sua obra durante a 17ª Mostra Internacional de Arquitetura de La Biennale di Venezia. Segundo Hashim Sarkis, arquiteto e curador da bienal italiana, ela é a arquiteta que melhor representa o tema do evento deste ano Como viveremos juntos? / How will we live together?. “Sua carreira como designer, editora, curadora e ativista nos lembra o papel do arquiteto como construtor de visões coletivas. Ela também exemplifica a perseverança da arquiteta em tempos difíceis, sejam guerras, conflitos políticos ou imigração, e sua capacidade de permanecer criativa, generosa e otimista o tempo todo”, explica.
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